sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

APEP e SDDH firmam parceria para recuperação de acervo.


Funcionários do APEP orientam equipe da SDDH na recuperação de fotografias.


No próximo mês de agosto, a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) completa 35 anos de história. Uma das pioneiras na luta nessa frente no Norte e Nordeste, a SDDH é referência nacional e inspiração para ativistas de outros estados brasileiros, como Acre e Maranhão.
Possuidora de um rico acervo iconográfico, grande parte resultante do seu periódico “Resistência”, a SDDH tem em seus arquivos cerca de 500 fotografias que registram momentos importantes da luta pelos direitos humanos no Pará. São registros de conflitos urbanos e rurais; passeatas; atos com agentes públicos, como governadores e vereadores; julgamentos, entre outros.
Agora, para comemorar os 35 anos da SDDH, este precioso material recebe o devido cuidado. O Arquivo Público do Estado do Pará (APEP) firmou uma parceria para tratar este acervo e ensinar uma pequena equipe da SDDH a dar continuidade ao processo com o restante do material. O trabalho culminará, em agosto, em uma publicação onde parte dessas imagens serão exibidas pela primeira vez em anos, juntamente com informações a partir da narrativa de quem participou dessas lutas.
Maior desafio que recuperar esta importante memória de anos de mal acondicionamento é identificar os autores e os personagens que estampam essas quase cinco centenas de fotografias. São registros feitos por fotógrafos que militavam nos movimentos sociais à época, como Miguel Chikaoka, Eduardo Kalif e Bárbara Gorayeb e muitas delas estão sem o devido crédito, assim como não informam exatamente do que se trata a imagem. Para isto a SDDH, através de sugestão do APEP, estará promovendo a partir de março o “Sarau da Memória”, em que as pessoas que participaram da história da entidade serão chamadas para reconhecer fotografias e relembrar os momentos que elas representam.
Numa próxima etapa, e também com o apoio do APEP, a SDDH disponibilizará todo esse material, assim como as edições históricas do Jornal Resistência devidamente recuperadas e digitalizadas, para o público em geral, tornando-se matéria-prima de suma importância para pesquisadores das lutas pelos direitos humanos no Pará além de garantir o acesso, para todos, à essa importante parte da história, que ainda hoje está sendo construída.

Antonio Pacheco Neto – ASCOM APEP/Arqpep, com informações da Assessoria de Comunicação da SDDH.

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